Por Amanda Viegas
10 de ago de 2018 Bem-estar do aluno
O bom desempenho dos alunos em sala de aula não está restrito à didática dos professores em si. Ele também está ligado a questões mais peculiares, como o comportamento do aluno dentro e fora da sala de aula, traços relacionados a sua personalidade, a questões sociais e psicológicas, entre outros. E, principalmente, aos fatores que atrapalham os alunos a aprenderem, e como contorná-los.
Saber identificar esses elementos é o primeiro passo para ajudar seus alunos a aprenderem sempre mais. Neste artigo falaremos sobre alguns problemas que parecem ser comuns ao ambiente escolar, para ajudar você a identificá-los e para que possa assim ficar atento a algumas possibilidades para solucioná-los. Confira!
O déficit de atenção (TDA) é um transtorno de aprendizagem que afeta cerca de 5% das crianças. É caracterizado por uma dificuldade do aluno em manter o foco, a atenção e a concentração em diversas atividades, além de grande inquietude e impulsividade.
Geralmente, o déficit de atenção coexiste com outros transtornos de aprendizagem relacionados à leitura, habilidades matemáticas ou à escrita. Para identificar o TDA, o professor deve ficar atento a essas condutas e, havendo suspeita do distúrbio, encaminhar o aluno a profissionais especializados, como psicopedagogos e psicólogos. Após as análises iniciais e havendo necessidade, o aluno será conduzido a neurologistas, psiquiatras ou neuropediatras para o diagnóstico clínico.
O diagnóstico do TDA deve ser multidisciplinar e demanda uma avaliação rigorosa, uma vez que existem evidências tanto de subtratamento quanto de diagnóstico equivocado do distúrbio, o que tem aumentado demasiadamente o número de pessoas diagnosticadas no país.
Uma boa dica para ajudar o aluno em seu processo de aprendizado é incentivar o uso de ferramentas tecnológicas, como materiais audiovisuais, vídeos e computadores. Tecnologias podem aumentar o interesse do estudante pela tarefa, mantendo sua atenção por mais tempo. Outra dica é pedi-lo para repetir as orientações, falar olhando em seus olhos e evitar que ele ocupe lugares da sala que tenham muitos estímulos desviantes da atenção.
O comportamento hiperativo pode ou não coexistir com a falta de atenção e fazer parte ou não da sintomatologia de TDA, que seria descrito, portanto, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
O aluno hiperativo, embora não tenha necessariamente um transtorno, demonstra um comportamento de inquietude e impulsividade atípicos, o que pode ser prejudicial ao seu desenvolvimento biopsicossocial e acadêmico.
Como o estudante é mais inquieto, enérgico e possui maior facilidade em se desconcentrar, algumas dicas para ajudá-lo a manter uma postura mais calma, contribuindo para um aprendizado mais eficiente, envolvem mantê-lo nas primeiras fileiras da sala e afastá-los de portas e janelas, para evitar a distração.
Além disso, vale intercalar atividades de alto e baixo interesse, dar orientação adicional ao final das aulas, pedir ajuda ao aluno (como buscar materiais, por exemplo) no sentido de fazê-lo movimentar-se e recuperar o autocontrole quando estiver agitado.
Problemas de convívios sociais e afetivos podem interferir negativamente no aproveitamento em sala de aula, principalmente em casos de preconceito e bullying.
O aluno é mais contido e tímido dentro da sala de aula, aparentando desânimo e desmotivação, além de ter o costume de ficar sozinho e não formar círculos de amizade.
Você pode conversar com os pais da criança para verificar como é sua rotina dentro de casa, orientá-los a buscar ajuda de psicólogos e estar em contato com o estudante, incentivando-o a relacionar-se com os colegas.
O professor ideal é aquele que possui a habilidade de saber perceber seus alunos, cada um com suas características. Avaliar as diferenças individuais, dentro da sala de aula, é o passo mais importante para ajudá-los no processo de aprendizagem, pois é a partir daí que se torna possível formular estratégias para lidar com os problemas identificados.
Além do desenvolvimento da boa comunicação entre o professor e aluno, é fundamental o relação entre a família e a escola. Quer saber mais a respeito do assunto? Baixe nosso infográfico:
E você, o que faz para ajudar seus alunos que apresentam dificuldades em aprender? Compartilhe conosco!