Por Amanda Viegas
14 de set de 2018 Engajamento dos Alunos
Todo professor já se deparou pelo menos uma vez, ao longo da sua trajetória acadêmica ou profissional, com alguma situação que comprove — na prática — que o lazer e a descontração podem ser verdadeiros aliados do processo ensino-aprendizagem.
Mesmo que esteja claro que estudar requer atenção, concentração e, em muitos casos, silêncio, inúmeras pesquisas já foram realizadas para mostrar que, depois de um período de relaxamento e divertimento, os alunos ficam mais propensos a aprender, captam e aprofundam conteúdos com mais facilidade e se mostram mais aptos a resolver questões de naturezas diversas.
O estado de relaxamento decorrente de atividades lúdicas, de brincadeiras e de jogos contribui muito para o sucesso de todo estudante. Mas como determinar o equilíbrio entre o estudo e o lazer?
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, as novas tecnologias, as redes sociais e a agilidade das ferramentas digitais não são a causa da falta de atenção e do desinteresse dos estudantes pelas aulas. Ainda assim, os tempos mudaram e é preciso que os educadores tenham em mente que é preciso se adequar a elas para promover maior participação e engajamento.
Alunos querem práticas cada vez mais dinâmicas, querem ver em tempo real os exemplos, querem discutir e dialogar. Eles querem mostrar que também são produtores de conhecimento e que possuem habilidades para levantar informações sobre praticamente qualquer assunto.
A concentração em sala de aula não é estimulada por uma lista de proibições — não pode celular, não pode internet, entre outros. Ela é estimulada quando se dá autonomia ao aluno e quando se mostra que as suas escolhas resultam em consequências.
Nesse contexto, a saída é tratar os alunos como seres capazes de distinguir o certo do errado, o oportuno do inoportuno, mostrando de forma clara e objetiva quais são os limites a que todos estão sujeitos. Um comportamento adequado e alunos atentos devem ser conquistas, não imposições.
Com alunos mais atentos é possível propor aulas mais interativas e atrativas, e o uso da tecnologia pode ajudar muito. Os norteadores responsáveis por deixar a lição mais interessante estão ligados a três elementos: dinamismo, imagens e troca.
Se o educador exemplifica com imagens reais um tópico que está sendo ensinado e logo depois abre para perguntas ou debates, está unindo esses três pilares. Não é necessário manter nessa ordem e nem sempre todos os três fatores precisam aparecer juntos. Contudo, estar atento à presença de pelo menos um deles em seu plano de aula é fundamental.
Algumas sugestões práticas incluem:
Para que o interesse nas aulas se mantenha firme, o professor precisa, ainda, orientar os alunos a relaxar diariamente em suas horas fora da escola.
Estimular atividades como exercícios físicos regulares, passeios ao ar livre e até os adorados jogos de videogame pode ajudar o aluno nos estudos. Uma ideia interessante é elaborar um cronograma (em uma planilha, por exemplo) e pedir que os alunos marquem as áreas correspondentes ao tempo que eles têm livre. Depois, pedir para que cada um eleja pelo menos uma hora diária para o lazer e que descreva qual atividade será praticada em cada dia.
Determinar o equilíbrio entre o estudo e o lazer, é uma questão estratégica importante para a saúde não apenas dos alunos, como também da escola como um todo. Experimente essas práticas em sala de aula e aproveite para descobrir formas de otimizar o seu tempo fora da escola, afinal, o professor também precisa da sua hora diária de lazer.
Felizmente, existem ferramentas digitais que ajudam os educadores a gerir melhor o tempo. Quer saber quais? Baixe o nosso infográfico gratuitamente: